A Instituição Paraíso da Criança
tem suas origens com a iniciativa de seus fundadores: Monsenhor Agenor Neves
Marques, Ida Bez Batti e Olinda Bettiol, possuíam o propósito de criar um
Jardim de Infância denominado “Casa da Criança” com a finalidade de oferecer
educação aprimorada às crianças.
Assim, a Instituição foi fundada
em 15 de agosto de 1948, de caráter filantrópico, assistencial e caritativa,
com o intuito de prestar assistência a menores órfãs e carentes que se
encontravam em situação de risco e excluídas socialmente. As atividades
começaram em uma sede provisória numa pequena sala alugada, mantida por doações
de colonos, comerciantes e indústrias da região carbonífera.
Em 1949, a Instituição sentiu
necessidade de ampliar suas finalidades, e obter espaço físico adequado para
acolher crianças abandonadas da região carbonífera. Com isso, as atividades
foram transferidas para um prédio que estava sem uso, onde já havia sido utilizado
para um colégio e um presídio. A diretoria da Instituição era composta por
Presidente de Honra, Presidente Efetivo, Diretor Gerente, Consultor Jurídico,
Protetor da Instituição, Tesoureiro e Secretário, e contava com uma irmandade
que se responsabilizava pela organização interna da Instituição.
Faz-se importante relatar que em
30 de agosto de 1949 o estatuto e o regulamento interno da Instituição foi
publicado no diário oficial, e, em 13 de maio de 1953 foi registrada no
Departamento Nacional da Criança - Delegacia Federal da Criança da 6ª
Região/Porto Alegre.
A partir de 1954 - com auxílio do
governo através de recursos do departamento de obras públicas, com o apoio da
diretoria da Instituição e benevolência da sociedade das Damas de Caridade, contou-se
também, com a Congregação das Irmãs Beneditinas e instituições como SESI
(Serviço Social da Indústria), LBA (Legião Brasileira de Assistência), PNC
(Plano Nacional do Carvão), SAM (Secretaria de Amparo ao Menor), CNSS (Conselho
Nacional de Serviço Social), além da comunidade em geral - começou-se a
construção de uma nova obra, na qual foi denominada “Paraíso da Criança”,
inaugurado oficialmente em 1959.
A área coberta da Instituição era
de mais de 3.000 m² ,
ficando assim subdivido: cozinha, refeitório, parque infantil, biblioteca, capela,
laboratório de informática, salas de TV, aula, palestra e atendimento,
banheiros masculinos e femininos, galpão e pátio com espaço físico para
atividades ao ar livre.
Fonte: http://santanamineracao.blogspot.com.br/2012_08_01_archive.html |
O atendimento era oferecido gratuitamente
para toda a região carbonífera do sul do Estado, oferecendo casa, comida,
roupa, remédio, educação e amparo. Salienta-se que, era atendido
aproximadamente 250 crianças, e incorporava serviços de creche, berçário e
jardim de infância. Nos anos subsequentes foram implantados escola para ensino
primário, escola profissional e panificadora própria, sendo encerrado no final
da década de 70 a
escola primária, pois a Congregação de Irmãs, na qual assessorava as atividades
mudou de municipalidade, assim, a Instituição por não possuir irmãs capacitadas
para desenvolver tais atividades obteve problemas referentes a recursos humanos
capacitados para substituí-las.
Diante do ocorrido, a organização
interna ficou na responsabilidade de duas jovens que foram acolhidas e
cresceram dentro da Instituição, contando com a assessoria pela Sociedade das
Damas de Caridade, sendo assim e sem recursos financeiros, a Instituição
Paraíso da Criança não teve condições de continuar recebendo um número elevado
de crianças, havendo uma redução de 80% de internos.
Na década de
90 - em face a Constituição Federal, ao Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA), e a Lei Orgânica da Assistência Social - o trabalho da Instituição foi
redigido, e começou a acolher crianças e adolescentes sob medida protetiva, de
ambos os sexos, com idade de 0 (zero) a 18 (dezoito) anos, que são encaminhados
pelo Juizado da Infância e Juventude da Comarca de Urussanga, que abrange as
cidades de Cocal do Sul, Morro da Fumaça e Urussanga.
Faz-se importante salientar que,
em meados de 2009, a estrutura física da Instituição - obedecendo o ECA e as
normas de Serviços de Acolhimento - foi modificada, bem como sua denominação,
ou seja, a Instituição passou a ter capacidade física para acolher 15 (quinze)
crianças, com padrões arquitetônicos semelhantes ao de residências particulares
e infra-estrutura física que garante espaços privados e adequados ao
desenvolvimento do acolhido, em um ambiente aconchegante e seguro.